quinta-feira, junho 21, 2007

mar absoluto

Que força admirável nos move e nos comove
de puro instinto e de redonda força
tão suave na sua descida de desejo
de que nascente veio e sem história é o mar absoluto

oh gravitação de delícias oh afluência marinha
de vogais deliciosas de lascivos sorrisos
e de melodias de uma só oferenda
oh suave maravilha de que divino vigor
oh mar sem máscaras de tantas bolhas suaves
oh mar sequiosos como um rei ébrio
oh mar tão lento e tão lentamente imperador

António Ramos Rosa