quinta-feira, junho 14, 2007

Fragmentos de Alcibíades

...iluminar o mundo com a boca e ter a palavra no olhar.

Deitar-me a gritar e a correr por onde nunca ninguém sentiu e às janelas de pr em par dizer "não é uma pétala, é o jardim todo". Nestes dias ganhávamos braços de paixão.

...deixa-me uma carícia sábia...

Ouvi: «a cor do vento aberto em corpo nos teus cabelos...»

O velho rosto na planície dos dias.

Uma madrugada que chega fina e clara em tons de maresia.

Despir o tronco nu de tantas manhãs adormecidas.

Agora somos tu e eu o mesmo outro.

Só a vida contrasta com a vida...dentro dela estamos sós.

Tenho dois olhos de água e o deserto habita ao meio.